Foi um momento de descontração numa agenda política pesada, o meu encontro com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro. Convidaram-me para falar. Estiveram presentes dirigentes lojistas de Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Belfort Roxo, Maricá, Itatiaia, Resende, Itaguaí e Rio das Ostras… Um bom público.
Abri minha apresentação com comentários sobre as ocorrências em Vila Kennedy. A imprensa noticiou uma ação da Prefeitura do Rio de demolição de quiosque de comércio não legalizado. A ação provocou polêmica.
Todos os movimentos da imprensa e da prefeitura foram em desagravo aos ambulantes. Esqueceram-se todos que lá há empresários legais, que pagam impostos, têm alvarás para funcionamento, emitem notas fiscais e enfrentam a intempérie da violência e do crime. E têm no comércio ilegal uma desigual concorrência. Gente que não é responsável pelo desemprego, porque, apesar de todos os problemas, gera empregos diretos. Gera empregos indiretos quando pagam impostos. E, com os impostos, criam as condições para que o governo ofereça serviços de saúde, educação e segurança.
Na mesma edição em que publicou as ações de demolição em Vila Kennedy, com fotos dramáticas, o jornal O Globo publicou a retomada das calçadas de Copacabana pelos camelôs. Me lembrei do meu tempo como administrador de Copacabana e Leme. Com ações de ordem pública foi possível reduzir os índices de criminalidade no bairro. A ocupação indevida atrapalha o comércio, aumenta a informalidade, o desemprego e abre caminho para desordem e novos crimes.
O crime atua principalmente nas favelas. Isso porque ali há uma base da ilegalidade nesses locais. Mas nas ruas e calçadas não é diferente. Sou a favor da lei, da ordem. Porque só a lei e a ordem geram empregos e tiram das ruas, sem violência, os trabalhadores que sem emprego fogem para a ilegalidade. Só a lei e a ordem evitam que os ilegais que não são bandidos sejam usados pelos bandidos.
A ilegalidade é crime, e o crime multiplica novos crimes. A ilegalidade é sinal de fraqueza do Estado. Sinal que o crime usa nas estratégias dele.
Discurso na Câmara dos Deputados, em 18/4/2018 Sr. Presidente, roubam dinheiro da saúde, e pessoas morrem nas filas dos hospitais. Roubam dinheiro …
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